sábado, 1 de maio de 2010

Os amantes da minha vida

Cada autor é como um amante, ele lhe envolve com suas palavras doces, ou muitas vezes lhe fere com suas palavras amargas que são ruins de engolir, mas você o ama mesmo assim. Ler seu livro é como fazer amor com ele, se for bom de cama, você se entrega e aproveita cada momento mágico, não deixa escapar nenhuma palavra, devora tudo. Se ele não lhe agradar, você tenta amenizar, dá um jeitinho, mas chega no fim.
Muitos dos meus amantes são melancolicos, tristes e revoltados, e por muitas vezes me enganam. Eu leio um dos seus livros que me encanta, e logo quero a obra inteira, que me decepciona. Ele me xinga, bate, deixa-me triste e pensativa, acabo o deixando de lado, e logo torna-se meu inimigo. E eu xingo, maltrato e o traio por outro. Porém, sempre bate aquela saudade e de vez em quando volto para seus braços, chorando e pedindo perdão.
Ah! E existem aqueles que você não conhece e julga logo de cara (de nome), ou de capa, ou de título de algum livro. Mas, depois que o conhece, ele vem devagar, afaga-lhe a cabeça, te beija, te deixa louca, quando percebe... Já está viciada nele.
E quando você está numa livraria, olha os livros e vê um em especial, lê a sinopse e é amor a primeira vista, pensa "Esse é bom, é bom, não tem jeito".
Não sei quantos amantes tenho eu, nem sei se vai durar para sempre esse amor, mas, como disse certa vez um deles, que seja eterno enquanto dure.