quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2010

feliz ano novo pra todos;

domingo, 27 de dezembro de 2009

Demasia

Tudo meu é demasiado.
Meu vicio é tanto, que passa de prazer a dor.
Meu sono é tanto, que chego a dormir em pé.
Minha graça é tão grande, que posso rir por horas.
Minha ânsia é tanta, que sinto-me morrer aos poucos.
Meu amor é tanto, que extrapola os limites, e me embebeda.
Minhas magoas são tão intensas, que me sinto sem ar.
Minha idolatria é tanta, que em pouco tempo me faz enjoar.
Minha indiferença é tão grande, que fere pessoas.
Minha tristeza é profunda, demoro a sair dela.
Minha alegria é tão grande, que a morte não afeta em nada.
Minha doença é tão grave, que vivo drogada a todo momento
A saudade que sinto é tanta, que consigo materializar as pessoas.
Minhas lembranças são sempre as mais fortes.

Por isso posso dizer:

Não há ninguém no mundo que sinta mais a sua falta como eu.

sábado, 26 de dezembro de 2009

O fim é só o começo

Um dia desses, eu estava voltando da escola, da ultima prova do ano, pra mim. E refletindo o caminho todo... Talvez ainda não tenha entendido que acabou o ensino médio. Esse fim é só o começo. Mas, a sensação é ótima, e ao mesmo tempo medonha. Você sente-se ansiosa pra o próximo ano, mas, o próximo ano parece tão vazio, você pode escolher o que fazer. Antes, era apenas o final de um ano escolar, e o ínicio de outro. A única coisa que pensava, era... "Ah, vou estudar próximo ano, pra passar". Daí vinham as compras de materiais, você sentia saudade dos colegas e professores. Primeiro dia de aula, olhando pra os lados, procurando novatos, ou falando sobre as férias com os amigos. Agora é diferente, não há mais escola, só há um futuro incerto, esperando o resultado de um vestibular louco.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Um pedaço do meu sonho



Minha dor de cabeça me faz delirar aqui.
Pra quem me conhece, sabe que minha banda preferida é Red Hot Chili Peppers, e um dos meus sonhos é ir a um show deles. Recentemente estavam os boatos de que o guitarrista, John Frusciante havia saído da banda. É claro, não acreditei, esperei para que algum integrante ou o próprio John informar algo. Bem, foi o que aconteceu, Frusciante já saiu da banda e levou junto boa parte de um sonho que eu tinha. Esses dias, eu estava muito empolgada, pelo álbum novo que eles estão preparando, com a saída de John... Não sei se essa empolgação é a mesma. Vou sim, comprar o CD. Mas o sonho do show, já não está tão grande. A banda não acabou, eu sei, mas, só quem acompanha a história dos peppers e as ligações de amizade, só quem leu o livro de Anthony, e se emocionou (como eu), poderá entender o buraco que se formou na banda. Estou mal pelo fato, mas só não estou pior porque ainda não caiu a ficha. Enfim, vou continuar gostando da banda. Porém, vai fazer falta, ô, que falta.
Boa sorte, John. ♥

Declaração oficial dele: http://johnfrusciante.com/

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Nana,

Assim que você se foi, sumiu repentinamente dos meus dias, não senti dor alguma e a mim você não fazia falta. Agora é diferente, quando penso nos dias, todos os dias, que te via. segundas, terças, quartas, quintas, sextas e sábados... Tenho saudade. Nós eramos o contrário juntas... Você sempre madura e queria controlar minha vida, diferente de mim, que era mais imatura do que sou agora, e me deixava controlar por você. Foi uma época revoltante, fico pensando hoje e me arrependo de certos erros que cometi por só fazer o que você queria. Mas, não me arrependo dos nossos dias. Sei que foi menos de um ano, mas, que mais parecia uma vida toda. Não fizeste muita diferença em minha vida hoje, nem eu na sua, e por que sinto saudade? Ah, você conquista qualquer pessoa. Como uma garota mau humorada e arrogante igual a você, consegue isso? Hoje nem penso mais em ti, no que estais fazendo, estais tão distante.
Lembro-me de cabelos loiros e negros a se misturarem no chão da minha sala.
Nana, eu estou feliz agora. Não sou mais aquela chorona que você conhecia, nem tão indecisa, nem tão dependente. Não tem motivo pra te escrever isso, porém, quero que você saiba o quanto estou feliz.

Sua Hachi, Liesel.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Elephant Gun

If I was young, I'd flee this town
I'd bury my dreams underground
As did I, we drink to die, we drink tonight

Far from home, elephant gun
Let's take them down one by one
We'll lay it down, it's not been found, it's not around

Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down

And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the night

And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the silence, all that is left is all
That I hide

domingo, 22 de novembro de 2009

Dia-logar

Uma noite em pleno marco zero, com a cabeça tocada por um copo de vinho, deitada, olhando o céu sem metade da minha visão e percebendo que havia duas, três, quatro luas! Várias estrelas que emanam peixes, ou feixes de luz, estrelas gordas e distantes umas das outras, solitárias... com inveja das nuvens que se movem pra onde bem entender e logo morrem se desfazendo e transformando-se em vida.
-Anne, a vida não é para fracos...
- Então eu devo ser forte?
- Não, você deve morrer.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Gula


Não é todo dia que se quer ver um pastoso Van Gogh ou ouvir uma crocante fuga de Bach, ou amar uma suculenta mulher, mas todos os dias se quer comer. A fome é o único desejo reincidente, pois a visão acaba, a audição acaba, o sexo acaba, o poder acaba - mas a fome continua.

Clube dos Anjos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Shake the Disease

uuawweee uuhhwee ahhwheee aaahweee tantanrantan tantantantanranran.

Understand me.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Bêbada, não... Sonolenta.

Olá, vim fazer um relato de uma injustiça e um crime contra meus direitos familiares, é certo que não devo estar falando coisa com coisa, pois o sono e a revolta está me consumindo. O fato é que, agora, em plenas 3hs da manhã, fui expulsa do meu quarto! É, se eu quiser posso voltar, mas meu orgulho não está permitindo, tem uma cama bem aqui nesse quarto em que me encontro, mas não se se consigo dormir aqui. Na sala muito menos, é que não sou daquelas que dorme em qualquer lugar, ainda mais quando se tem medo. Eu quero o meu quarto e estou angustiada! Essas horas da madrugada e eu precisava desabafar, não tem alguém, então dane-se. Escrever no blog está sendo um consolo, algo que eu não sei se estou fazendo consciente, amanhã talvez eu decida conferir meu blog e nem sequer lembre desse post. Sabe de uma coisa, vou sacrificar meu orgulho e tentar dormir no meu quarto, talvez seja o certo a fazer, é melhor que eu esteja descansada, ou se não, amanhã não será um dia proveitoso, e o que eu menos quero para meu rosto são olheiras. Apesar de que, eu já tenho olheiras, mas, não são tão monstruosas. Oh, parece que estou vivendo um filme de drama adolescente. Em frente ao notebook, desabafando em um blog, chuva caindo lá fora, frio. Vou tomar um calmante, quem sabe eu durma rápido e esqueça toda essa agonia.

Pesadelos & Sonhos

Calor, um casal enlaçado em uma cama, sozinhos, embebidos. O céu negro com um saturno grande e alaranjado, com um anel amarelo cinzento e pontinhos coloridos ao seu redor. São mais que pontinhos, são bolinhas! São mais que bolinhas, são satélites. Uma lua. Lua gigante e medonha, no céu negro, vestígios de pesadelos da infãncia. Um navio pirata fantasma, e monstros saqueando casas. Uma casa, um labirinto dentro dela, labirinto com portas, portas escritas "wcs", dentro das portas banquetes, camas com espelhos no teto, na mesa tem pêssegos... pêssegos podres. Tortas recheadas, lençol de seda vermelho, outra porta, banheiro... repleto de chuveiros, com lixos no chão, um corpo no chão, corpo pálido, matéria morta. Uma hermafrodita nua, tomando banho, em meio ao sangue, ao lixo. Um cliente, uma anfitriã que o recebe abertamente o envolvendo no lençol de seda. Fim de banho, toalha azul, vestimentas, mais uma vez corredores... e um sofá, onde um humano com alma de porco come, come, come vendo tv, mas, está cego. Ruas escuras, você tenta fugir, mas nada contra a correnteza, senta-se ao lado de um beco sujo, fedido... fumaça de cigarro, cheiro de sexo, há uma orgia no beco. Em casa, baratas dançando no teto, pulo, cachorro preto teclando em notebook preto. Beslica, acorda, corre, foge! Não consigo me mexer. Luta, consegue, liga a luz... olha envolta, sente-se frustrado.

domingo, 1 de novembro de 2009

Evocação do Recife



Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois
— Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
A rua da União onde eu brincava de chicote-queimado
e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenê
na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras
mexericos namoros risadas
A gente brincava no meio da rua
Os meninos gritavam:
Coelho sai!
Não sai!


A distância as vozes macias das meninas politonavam:
Roseira dá-me uma rosa
Craveiro dá-me um botão


(Dessas rosas muita rosa
Terá morrido em botão...)
De repente
nos longos da noite
um sino
Uma pessoa grande dizia:
Fogo em Santo Antônio!
Outra contrariava: São José!
Totônio Rodrigues achava sempre que era são José.
Os homens punham o chapéu saíam fumando
E eu tinha raiva de ser menino porque não podia ir ver o fogo.


Rua da União...
Como eram lindos os montes das ruas da minha infância
Rua do Sol
(Tenho medo que hoje se chame de dr. Fulano de Tal)
Atrás de casa ficava a Rua da Saudade...
...onde se ia fumar escondido
Do lado de lá era o cais da Rua da Aurora...
...onde se ia pescar escondido
Capiberibe
— Capiberibe
Lá longe o sertãozinho de Caxangá
Banheiros de palha
Um dia eu vi uma moça nuinha no banho
Fiquei parado o coração batendo
Ela se riu
Foi o meu primeiro alumbramento
Cheia! As cheias! Barro boi morto árvores destroços redemoinho sumiu
E nos pegões da ponte do trem de ferro
os caboclos destemidos em jangadas de bananeiras


Novenas
Cavalhadas
E eu me deitei no colo da menina e ela começou
a passar a mão nos meus cabelos
Capiberibe
— Capiberibe
Rua da União onde todas as tardes passava a preta das bananas
Com o xale vistoso de pano da Costa
E o vendedor de roletes de cana
O de amendoim
que se chamava midubim e não era torrado era cozido
Me lembro de todos os pregões:
Ovos frescos e baratos
Dez ovos por uma pataca
Foi há muito tempo...
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem
Terras que não sabia onde ficavam
Recife...
Rua da União...
A casa de meu avô...
Nunca pensei que ela acabasse!
Tudo lá parecia impregnado de eternidade
Recife...
Meu avô morto.
Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro
como a casa de meu avô.

(Manuel Bandeira ♥)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cada um de nós é um universo, Pedro.

Onde você vai eu também vou.

sábado, 24 de outubro de 2009

Momento Tirinhas - Calvin e Haroldo

Calvin and Hobbes? Nostalgia.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ein Leid

Leid mich, weil ich habe Furcht.
Furcht vor Liebe, aber, ich möchte.
Und es macht mich traurig.
Ich bin nicht bereit für etwas,
und nichts macht mich sicher.

Was kann ich tun?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vergonha

Tinha que ser a incompetência do INEP. Por que é que só no Brasil acontece essas coisas? Bem, o ENEM foi cancelado, só daqui a 45 dias. De certa forma pode até ser bom, teremos mais 45 dias para estudar, porém, e as atualidades da prova? o conteúdo vai aumentar, se a antiga prova foi feita em agosto, o conteúdo de atualidades era só até agosto, e quem veio confiando nisso, agora terá que procurar os conteúdos mais recentes que foram perdidos, para estudar.
E dá uma sensação estranha em saber que a prova toda vai mudar. O ministro da educação falou pouco antes do Jornal Nacional, que iriam disponibilizar as provas pelo site do MEC, hoje a partir das 20hs, mas, até agora só estou tendo dificuldades para visualizar. O pouco que sei, é que eram citados Mafalda, Garfield, revista VEJA, e o MSN. Também haviam questões que traziam Gonçalves Dias com o poema "Canção do Exílio", e Drumond com "No meio do caminho".
Não me estressei em nenhum momento por conta do cancelamento dessa prova, até me aliviou um pouco, porém, o que mais revolta é o motivo por qual foi cancelado, vazamento de informações, venda de provas.
Como disse Thamy, eles queriam vender nosso ingresso.
Mas como eu a disse, estamos no Brasil.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Nefelibata

Estou mesmo com a cabeça nas nuvens. Não consigo pensar em nada que preste essa semana, estou tão vazia. Não sei se sinto medo, ansiedade, agonia. Sei que estou parada, vivendo pra o nada, e a vontade não sei se há. Enem? Que Enem? Vestibular? Fim de ano? Concluir ensino médio?
Nem consigo acreditar que cheguei aqui, foi tudo tão rápido, como num piscar de olhos. É, acho que não vou postar nesse blog nada de interessante esses dias, porque eu estou tão sem coragem. Eu não me preocupo com o enem, nem em passar. Eu não me preocupo com nada. Quero apenas me jogar em minha cama, dormir profundamente, quem sabe eternamente, mas, e depois o que será de mim a não ser um ninguém. Não tenho escolha mesmo nessa vida. E o que será capaz de me acordar? Será mesmo que quero? E agora, José? Para onde? Ah, chega de interrogações.

Agora José, vamos para algum lugar, porque ficar parado assim não dá.

domingo, 27 de setembro de 2009

-

Logo de manhã, quando abri meus olhos, vi o relógio eram 6:43, não estava entendendo o porque daquele relógio estar alí, e fiquei vendo o ponteiro dos segundos se movendo, aquele velho e conhecido barulhinho "tic-tac", e fiquei hipnotizada com o ruído que fazia. De repente o ponteiro estava andando devagar, quase parando, e o relógio já fazia "tiii-iic- taa-aac". As idéias se misturaram, e aconteceu. E agora, quem sou? Me via perdida, olhando para os lados, e não entendia nada, o que estava fazendo alí? como me chamava? que lugar era aquele? Parecia uma nova vida, sensação estranha, um frio na barriga. Fui me esforçando para entender, lembrar de mim. Lembrei do meu eu do momento, aquele eu mudado "Eu sou agora, alguém mudado, minha fase está confusa, minha mente está pensante, meu corpo é insignificante, meus problemas são desprimorosos, meu prazer é pura futilidade, minha agonia é desimportante". Não sei se pensei em mais algo, dormi e não sonhei com nada, foi assim até umas 10hs.
-

Hoffnung


Das ist meine Hoffnung, ist grün und bouncy.

sábado, 26 de setembro de 2009

Black Coffee


Não entendo todo o meu desejo, a minha ânsia.

VII Bienal do Livro de Recife


Preparem-se meus leitores e leitoras de Pernambuco! Ela vem aí. Eu, que não perco por nada nesse mundo, essa bienal, esperei dois anos por esse momento. E o homenageado desse ano é Raimundo Carrero, que coincidência irônica! Pois eu li um livro seu pela primeira vez esse ano . Eu achei um pouco injusto o primeiro fim de semana da bienal ser logo o que vai ocorrer o ENEM. Bem, fiquei chateada porque vou perder a programação do sábado que queria muito ver. Porém, o que importa é que comprarei os livros que desejo. Ano retrasado quase fui puxada para fora da Bienal, não queria sair de lá. Enfim, aproveirem, comprem muito, divirtam-se. Ah! Lembrando que quem quiser trocar livros, pode usar o Sebo Digital e dá uma olhadinha, pra ver se tem algum livro que queiram.

A Bienal vai de 2 a 12 de outubro,
e será como sempre no Centro de Convenções.
Mais informações: www.bienalpernambuco.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sou uma vítima do ENEM

Acho que nunca estive tão cansada mentalmente como hoje. É verdade que o ENEM vai ser uma prova de resistência e tanto, já estou imaginando. Só pelo que provei nesses simulados que tive na escola, foi uma verdadeira tortura. No primeiro dia foram dois cadernos de questões, um de ciências humanas e suas tecnologias, e o outro de ciências da natureza, cada qual com 45 questões, totalizando 90 questões para resolver em quatro horas. No segundo dia foram cinco horas para resolver 90 questões de português e matemática, mais uma redação.
É, eu fiz milagre nos dois dias. No primeiro ainda vacilei, quando faltavam dez minutos para o término ainda faltavam 15 questões de geografia e marcar todo o gabarito. Chutei as 15 questões, e marquei o gabarito numa rapidez que até eu mesmo duvidava. No segundo dia fui muito bem, conseguindo terminar meia hora antes de todos. Mesmo assim, isso não muda o fato de que estou exausta, não aguento nem mais ver uma questão seja de qual matéria seja. Estou até com preguiça de ler as postagens dos blogs que acompanho.
Só não entendo o que querem mais de mim, o que querem de todos? Nos submetendo a tais condições. Não gostei da decisão do novo ENEM, e espero não me decepcionar mais ainda com a prova próxima semana. Oh, só torçam, pra que eu não tenha um surto de impaciência.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Clöe Sevigny


Não tenho palavras.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dr. Jekyll and Mr. Hyde


The strange case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde (1886) é um dos maiores sucessos literários do autor escocês Robert Louis Balfour Stevenson. O livro aqui no Brasil renomeado de O Médico e o Monstro, que inspirou o filme do mesmo nome. Eu já havia lido o tal livro há um bom tempo atrás, sempre estava na estante de livros da minha casa, porém, depois de certas reformas, nem sei mais por onde anda. Achei o filme recentemente em uma locadora sobrevivente aqui próximo, que é o remake do filme dirigido por Rouben Mamoulian em 1931. Foi nostálgico rever a história, e o filme é muito bom, mas desejaria ver mesmo o original de Mamoulian.
Lembro que quando li o livro era criança ainda, por volta de uns 11 ou 12 anos, tive pesadelos horrendos com Mr. Hyde. Mas como minha mente era fértil o imaginava como um lobisomen, pelos na cara, dentes afiados, olhar monstruoso. Mas no filme ele é fisicamente igual a Dr. Jekyll, feição totalmente humana.
Mr.Hyde são os desejos mais ínfimos de Dr. Jekyll, que ele pouco sabe que existe em seu interior. Ao introduzir uma substância produzida por ele e despertar esse "ser" , Dr.Jekyll se transforma em um homem sem escrúpulos, comete crimes durante a noite, atrocidades, maltrata mulheres e crianças, mas no outro outro dia, não lembra-se de nada que aconteceu. Pois quem estava praticando todos esses atos era seu outro "eu" Mr. Hyde. Só que durante o enredo do filme Dr. Jekyll descreve as sensações e sentimentos que sentem enquanto está 'possuído' por Mr. Hyde, ele diz que se sente bem, exaltado. É como se fosse um vício. Depois quando ele passa a lembrar-se aos poucos do que comete durante a noite, ele sente-se mal. Mas continua injetando a substância para tentar controlar o seu outro "eu". Porém, chega a tal ponto que ele mesmo já não consegue mais controlar-se, mesmo sem tomar a substância, Mr.Hyde quer dominá-lo por completo. E aí ele chega ao ápice de sua insanidade.
No filme há vários diálogos com ele mesmo. Fiquei fascinada com o filme, a descrição, os diálogos. Todos têm vários pontos a serem analisados. Eu até cheguei a relacionar o comportamento de Mr. Hyde, com o que Nietzsche dizia, que o ser humano só se chega a extrema liberdade quando ele tortura, comete um assassinato. Será que uma vez provado da liberdade, dos desejos contidos, da loucura, não há como mais se livrar deles?
Há tantas formas de interpretar o filme, não sei mesmo a qual escolher.

Pussy

Capa do primeiro single: Pussy.





Esperando ansiosamente pelo dia 19 de outubro, lançamento do álbum Liebe Ist Für Alle Da do Rammstein.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quero fugir

Todos reclamam de rotinas, não aguento mais ouvir alguém falar "ah, não suporto essa rotina". Bem, tudo tem seu limite, se a rotina se torna tão constante, é cansativo viver como se todos os dias fossem iguais. Porém, se você vive com cada um dos seus dias numa completa incostância dá uma angústia. É angoniante saber que sua semana está toda preenchida, de manhã, tarde e noite, já tá tudo programado, todas as horas, minutos, segundos encaixados. Porém, o pior que isso pra mim, é saber que eu nunca sigo essa programação e sempre aparece algo que me tire completamente da rotina, algo que me atrapalhe, que me prejudique. Algo que não me deixe ter privacidade. Sempre existe um fator que impede de eu ter um momento sozinha comigo mesma.
Quero sumir, quero sair dessa casa, quero morar em outro lugar. Preciso de um tempo sozinha, preciso de um tempo pra me encontrar. Preciso pensar, pensar, sozinha. S-o-z-i-n-h-a. /desabafo.

domingo, 20 de setembro de 2009

Momento Obras de Arte - Saturno

Cronos/Saturno devorando um filho por Francisco de Goya

Esse quadro é definitivamente um dos mais interessantes de Goya. Também foi um dos seus últimos quadros antes de morrer. Eu me apaixonei por esse quadro. Lembra-me também o seminário que fiz sobre o planeta Saturno, que me empolguei tanto na mitologia que acabei esquecendo até a velocidade dos seus anéis. Mas, isso não importa. Achei esse quadro tão obscuro, tão medonho. O Cronos de Goya é diferente de todos os outros. Pode-se pensar muito a respeito dessa pintura, por isso se torna tão interessante.

sábado, 19 de setembro de 2009

Adeus, Meus sonhos!

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!

(Álvares de Azevedo) - não há como não gostar ♥

Momento Serial Killer 2 - Jeff Dahmer

Quando comecei a me interessar por serial killer, Dahmer foi o primeiro que estudei. Pra mim, um dos mais interessantes. Há muito o que falar dele. Mas vou dar um pequeno resumo do que ele aprontou.
Jeff Dahmer matou o primeiro rapaz quando tinha 18 anos. Mentia muito bem, por isso sempre escapava da polícia. Primeiro ele atraía suas vítimas, que na maioria das vezes eram meninos que seduzia. Em pouco mais de 15 meses matou 12 rapazes. As vítimas eram muitas vezes torturadas e o todas eram desmembradas. Na cozinha de Dahmer, ele guardava uma coleção de pênis, crânios humanos pintados, cabeças no congelador. Ah! Lembrando que ele também fazia sexo com o cadáver antes de abrir seu tronco, tirar sua cabeça e seu pênis, e derretia o restante com ácido. E Dahmer também tinha ares de cozinheiro, cozinhava as cabeças de suas vítimas para descarná-la. Até já deu uma de Lecter, praticando canibalismo. Também confessou que abriu com uma broca a cabeça de alguns rapazes vivos para injetar ácido muriático, para ver se viravam zumbis. Enfim, foi preso graças a fuga de um rapaz. A polícia quando entrou em sua casa, Jeff estava tranqüilo, não reagiu nenhum momento. Foi morto em 1994 atacado por um colega de cela, justo no ano que foi batizado como cristão.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sorriso forçado

Lembranças de um tempo, que viver era bom. Ah! De que adianta lamentar-se de um tempo que não volta mais? De um tempo que eu pensava na vida de uma forma diferente, de um tempo que um momento era uma eternidade. Onde uma palavra era o bastante para mudar o mundo. Quando uma ordem não fazia muito efeito. Quando eu era a pessoa mais importante do mundo. Saudade da minha inocência, da minha ingenuidade, do meu atrevimento, minha infantilidade.
Lembro-me bem, meus sorrisos forçados, pausa para o retrato. E todos reclamavam do meu sorriso, tão falso, tão sem emoção. Mas eu nem ligava, logo corria, brincava e sorria. Brincava com Thiago, meu amigo imaginário. Thiago tinha uma camisa azul, e brincavamos nos coqueiros que haviam aqui, seguravamos com uma mão, o tronco e rodavamos de braços abertos e olhos fechados, riamos muito. Lembro de brigarmos várias vezes, discursões bobas, de crianças. Ele sumia. Um dia sumiu, e não mais voltou, porém, nem senti sua falta. Passei o fundamental 1 totalmente despreparada, quase não ia as aulas, por causa da asma. Eu não entendia nada. Mas era tão bom, tão mágico. Hoje é tudo tedioso, a vida é tão difícil, é tão chata, mas é boa. Porém, acho que ainda tenho seqüelas daquele meu sorriso forçado.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Onde estão as minhas respostas?

Por que? Tudo bem? O que? O que houve? Como assim? Pra onde? Como faz? Cuma? Hã? Pode me explicar? Repete por favor? Quem é? Como foi? Com quem? Quem foi?

Eu preciso saber,
mesmo sem querer saber,
mas eu tenho que saber.
Mas o saber não é tudo,
é só um pouco do pouco,
mas não dá pra saber muito,
só o muito do pouco.
Qual o pouco que eu preciso saber?
O que é o muito saber?
Vai entender!
o que você sabe?
Eu sei que você sabe, Eu sei.

Joga pedra na Geni...

ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Adeus

Pode ir, eu te deixo. Não quero te ver por muito tempo, não quero que você me ligue, nem dê noticias, vá. Pode ir, se assim achar melhor. Viver distante, porém tão perto. Não me peça pra te visitar, não me peça para ir com você. Não me peça para manter contato. Se voltar, não me avise. Nem diga quando. Só apareça. Desapareça e depois apareça como a velocidade da luz. Assim a dor será menor, assim eu não vou te esperar. Não quero que se arrependa, vá sem medo. É o seu desejo, é a sua vontade, e a minha também. Não mande cartas e nem recados. Deixe-me pensar que você não existe mais, que foi levado, por qualquer devaneio, por pensamentos dolorosos, e sumiu

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

The Shining e Machado de Assis

Uma das cenas que mais me intrigou em O Iluminado (1980)

Passei um dia inteiro pensando nessa cena depois de assistir o filme. Eu realmente não havia entendido como essa cena se encaixaria no filme, e isso me deixou muito apavorada. Segundo filme de Kubrick que assisto e mais um para me fazer pensar tanto. Depois que eu já havia esquecido, veio como uma luz o significado dessa cena. É algo bem machadiano, é como se Kubrick nos fizesse questionar, quem realmente era louco. Como se pudessemos entender a história da nossa forma, ele nos deixa essa cena pra interpretarmos do nosso jeito. Típico de Machado de Assis, pois pra quem já leu Dom Casmurro, ou ao menos já ouviu falar, será mesmo que Capitu era traídora? Ou será que Bentinho era paranóico, um ciumento descontrolado? Afinal de contas, é ele que conta a história, Machado nos passa essa dúvida que gera tantos debates. Acho que o mesmo se dá com O Iluminado. O que me faz admirar mais ainda esse filme brilhante. Mas essa é uma das poucas cenas que têm o que falar. Vez ou outra eu trarei mais.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Merda

Estou parada, meu mundo. Amigos vão e vem, amores vão e vem. E essa inconstância está me deixando louca. Porém, eu não posso sair de mim totalmente. Ao menos algo eu tenho até o ultimo dia de minha vida: a mim. Quando dá na telha, converso comigo, troco meus próprios conhecimentos, imagino minhas próprias histórias, mentalizo meus momentos, que às vezes de tão reais, parece que aconteceram. Torço para que me aguente até o fim dos dias. Esse blog é uma merda mesmo, só falo de mim. E quem vai querer saber? Cada um só quer saber o que é do seu interesse. A coisa mais supérflua a se escrever é sobre si mesmo. Que grande merda, hein?

sábado, 5 de setembro de 2009

Um pouco de liberdade contida

Euforia e liberdade. Sentir a essência de ser adolescente, não ter medo de nada, ou quase nada. Fazer coisas que nenhum adulto aceita, viver momentos muito perigosos, arriscar a vida, fazer tudo por vontade e sem pensar nas conseqüencias. O frio na barriga de medo, é preenchido pelo abraço quente de um amigo. Ás vezes queria ser uma eterna adolescente.
Apesar, de minha mãe nos matar, Yoru... Foi um dos dias mais loucos da nossa vida hen? Mais um! Quero que tu leia isso! Você é o único que adere a minhas loucuras, e o único que escuta minhas filosofias, o único que me aguenta quando estou bêbada. Nos falamos só com o olhar! E isso é mágico, não é? Você é meu amigo de outras vidas, e tenho certeza que de muitas mais! Obrigada por mais um dia. Ah, ainda estou manca e enjoada! Seqüelas de ontem.

E para esquentar a manhã, vai mais uma xícara de café.

domingo, 30 de agosto de 2009

Bicho de Sete Cabeças.

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez ter feito
O que você me fez desapareça
Cresça e desapareça...

Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada
Eu não fiz nada disso
E você fez
Um Bicho de Sete Cabeças.

sábado, 29 de agosto de 2009

Liesel,

Por que você ainda insiste? Por que quer penetrar em algo tão íntimo? Por que não me deixa em paz? Você teima em querer algo fora do seu alcance! É impossível. Estou fechado a visitações. Quando penso que estou sozinho, você aparece e me enche de perguntas, com esse seu jeito insuportável, me dá uma agonia, uma angústia. É impossível ter uma conversa com você. Não sei como te suportei todo esse tempo. Por que insiste em entrar em mim?
Tuas idéias não me interessam, seu rosto simétrico, seu corpo médio, seus seios pequenos e pontudos, nada disso faz graça, nada disso me desperta desejo. Não vê que não quero ninguém por perto? Não percebes que estou impenetrável? Preso em mim mesmo. Não quero saber de tua vida, não tenho curiosidade do que você está fazendo. Cansei de tentar sair de fino, cansei de não tentar te magoar, fazer você perceber que não quero sua presença é difícil! Pois por mais que eu tente me afastar, me calar. Você me persegue, me cerca, me pressiona. Cuida de ti, e me esqueça. Eu sei que não é fácil me deixar ir, mas se quer o meu bem, que assim seja.
Adeus.


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Distúrbio

Que madrugada! Mais uma dessas e eu estarei em um manicômio concerteza. Não dormi, se dormi, nem percebi. Assim que deitei e apaguei a luz, o quarto estava mais escuro que o normal, me assustei tanto que mal reparei nas estrelas do teto do meu quarto, que ao longo de alguns minutos apagam espontâneamente, ficando assim, o quarto mais sombrio. Senti que metade de meu corpo estava dormente, e uma dormência tão descabida, tão improvável que já estava me endoidando na primeira hora.00:30, levanto o braço torto e tento alcançar o interruptor, luz acesa enfim, a me ofuscar. Meu corpo voltou ao normal. Porém, eu sentia um sono insólito e incontrolável, parecia que iria desmaiar, mas não conseguia dormir, vinham flashs em minha memória todo momento, senti que meus olhos não paravam, parecia que estava fora de mim. Não conseguia sair desses pensamentos, tentei me concentrar ao extremo na lâmpada, consegui domesticar minha mente por uns instantes. Tentei mover meus olhos devagar para outro objeto, e conseguir me focar justamente em um planetinha que tem no teto do meu quarto, saturno. Quando já estava quase adormecendo, mesmo de luz acesa, voltaram os pensamentos, rápidos como vultos. Lembrei da aula de física, do relatório sobre saturno, do seminário, do que li sobre o assunto. E nada de conseguir dormir. Minha mente estava confusa, bagunçada. É como se houvesse um tornado fazendo com que as palavras, os conhecimentos, as imagens, pensamentos, idéias, lembranças, preocupações, voassem para todos os lados. E vinham vários fatos bons misturados com outros indesejáveis.Tive tantas oscilações de humor em poucas horas que meu corpo não queria mais reagir, estava paralisada, morta, demente. Depois da segunda tentativa de me concentrar em algum objeto, consegui mudar de posição, e estiquei o braço mais uma vez para o interruptor. Trevas, mais uma vez, corpo dormente. uma sensação de que estava nua, e não havia mais nada ao meu redor, é como se estivesse flutuando, é como se não fosse dona de meu corpo. 2:34, com um movimento brusco, levantei-me, acendendo novamente a luz, fui ao banheiro, vagarosamente, mais parecia um zumbi. 2:56, não conseguia encarar o escuriço do meu quarto. 3:00, acesa mais uma vez a luz, decidi deixar assim. 3:40, tive um pequeno momento de lucidez, comecei a ter visões, de torturas, de psicopatas, palhaços, massacres, chacinas, e tudo que já me fez perder o sono de filmes de terror. 4:09, revivi o medo dos meus antigos pesadelos, a lua gigante na janela da sala, a cabeça no microondas, o cadáver na janela do primeiro quarto, etc. 4:30, ouço a voz da minha mãe para apagar a luz, demoro um pouco para reagir. Pretume. Sentia meu corpo totalmente entorpecido. Tive mais um flash gigantesco, deve ter durado quase uma hora. Quando dei por mim, já eram seis horas da manhã. Levantei com dificuldade, mas com disposição, parecia mais que estava me livrando de uma prisão, parecia até que meu descanço seria um dia bem agitado. Tentei dormir hoje a tarde, lutei em vão. Só não quero uma madrugada dessas de novo nem tão cedo!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ich Will

Ich will dass ihr mir vertraut
Ich will dass ihr mir glaubt
Ich will eure Blicke spüren
Jeden Herzschlag kontrollieren

Ich will eure Stimmen hören
Ich will die Ruhe stören
Ich will dass ihr mich gut seht
Ich will dass ihr mich versteht

Ich will eure Phantasie
Ich will eure Energie
Ich will eure Hände sehen
In Beifall untergehen

Seht ihr mich?
Versteht ihr mich?
Fühlt ihr mich?
Hört ihr mich?

Könnt ihr mich hören?
Wir hören dich
Könnt ihr mich sehen?
Wir sehen dich
Könnt ihr mich fühlen?
Wir fühlen dich
Ich versteh euch nicht

o/

domingo, 23 de agosto de 2009

FÜCK DICH!

Coralzinho! Coralzinho! Vamos lá, cantem comigo! Foodaa-see, foodaa-se o mundo, a escola, o vestibular. foodaa-se o bom senso, o bom gosto, as aparências, hipocrisia, a verdade, a sinceridade, a generosidade, a bondade, esperança, amor. Fodam-se as teorias, as ideologias, as súplicas, as agonias. Foda-se o ser humano. Foda-se tudo, que eu cansei desse tudo! /desabafo

sábado, 22 de agosto de 2009

Drag me to hell

Olá, Débora!

Ontem foi um dia interessante, fui ao cinema, vi cenas que não queria no espelho, tive alergia, muita dor, muita alegria, sustos, desejo, vergonha, medo, euforia, crise, ciúme, surtos, tristeza, raiva, angústia, tesão, reflexão, inveja. É, meus dias são como terras novas, eu os exploro até o fim, eu saboreio cada segundo, mas me perco na paisagem, esqueço de mim, esqueço de tudo e todos, me apego a pequenos detalhes. Me pego às vezes tão, mas tão destraída com livros que nem se quer são meus, esse é o maior motivo para eu detestar livrarias, elas me deixam perdida, me fazem sair de mim, desejar tudo aquilo, é como uma fuga da realidade, uma ilusão confortável. Dias como esses me fazem sentir uma sensação de liberdade, uma vontade de sair por aí sem rumo, ou de pular de uma daquelas pontes do Antigo. Bem, gostaria de mais dias como ontem, ao lado de amigos, apesar de não saber muito bem interagir em grupo, tento fazer isso individualmente com cada um.
Quero tentar não me distrair tanto, nem me iludir. No fundo sou como uma criança mesmo. Como Luana diz.

Pra terminar o dia, só mais uma xícara de café.

domingo, 16 de agosto de 2009

Mortificação a milanesa

Primeiro post, oi!
odeio blogs, não sinto vontade de escrever nada neles, se bem que ninguém lê mesmo. Mentira, Débora vai ler não é? ha. Aposto que ela não vai aguentar ler muito disso.

Hoje fui a um velório. Não gosto de velórios, eu dizia. Mas se esse foi o primeiro, agora posso mesmo dizer: odeio velórios. Quando entrei numa sala cor de rosa, com flores pra todos os lados e um caixão, passei direto, fui a cozinha. A pior ação do mundo num velório, não é rir, é comer. Peguei um pedaço de bolo de milho e fiquei me lambusando feito uma porca, apreciando a choradeira da mãe do defunto. De repente, chegou um homem alto, bonito, óculos igual ao de John Lennon, que relinchava ao abraçar todos. E cada vez entrava mais gente, cercando o caixão como urubus avançando em carniça. E como eu, uma boa garota que sou, fazia carinha de pena, e de choro para todos que me olhavam, disfarçando que era a primeira vez na vida que havia visto o homenageado. Mas de fato, estava me sentindo mal, andava do terraço pra cozinha, da cozinha pra o terraço. Por um momento imaginei a mim mesma, deitada em um caixão, os vermes me comendo, assim como eu comia aquele bolo. De repente comecei a me imaginar um verme, a me deliciar com toda aquela carne branca do morto, imaginava que dentro dele, era como um spaghetti a milanesa. Minha ilusão foi quebrada com um puxão no braço, meu pai, que fazia aniversário hoje perguntou se eu estava com fome, respondi que não, mas ele insistiu para irmos comer. Fiquei ainda um tempo paralisada olhando o rosto pálido do extinto. É, acabei adepta a todo aquele defuntismo.
Ao sair da casa, encontrei alguns amigos do passado, que não me trazem boas lembranças. Vinheram falar da defunção do falecido, porém pedi licença, pois isso pouco me interessava, muito menos a hora do mortório.
Eu e meu pai saímos a caminhar procurando um restaurante, quando uma amiga nos chamou para almoçar em sua casa. Ao aceitar o convite, sentamos a mesa, conversando e degustando o maravilhoso spaghetti a milanesa que ela havia preparado.