terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dr. Jekyll and Mr. Hyde


The strange case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde (1886) é um dos maiores sucessos literários do autor escocês Robert Louis Balfour Stevenson. O livro aqui no Brasil renomeado de O Médico e o Monstro, que inspirou o filme do mesmo nome. Eu já havia lido o tal livro há um bom tempo atrás, sempre estava na estante de livros da minha casa, porém, depois de certas reformas, nem sei mais por onde anda. Achei o filme recentemente em uma locadora sobrevivente aqui próximo, que é o remake do filme dirigido por Rouben Mamoulian em 1931. Foi nostálgico rever a história, e o filme é muito bom, mas desejaria ver mesmo o original de Mamoulian.
Lembro que quando li o livro era criança ainda, por volta de uns 11 ou 12 anos, tive pesadelos horrendos com Mr. Hyde. Mas como minha mente era fértil o imaginava como um lobisomen, pelos na cara, dentes afiados, olhar monstruoso. Mas no filme ele é fisicamente igual a Dr. Jekyll, feição totalmente humana.
Mr.Hyde são os desejos mais ínfimos de Dr. Jekyll, que ele pouco sabe que existe em seu interior. Ao introduzir uma substância produzida por ele e despertar esse "ser" , Dr.Jekyll se transforma em um homem sem escrúpulos, comete crimes durante a noite, atrocidades, maltrata mulheres e crianças, mas no outro outro dia, não lembra-se de nada que aconteceu. Pois quem estava praticando todos esses atos era seu outro "eu" Mr. Hyde. Só que durante o enredo do filme Dr. Jekyll descreve as sensações e sentimentos que sentem enquanto está 'possuído' por Mr. Hyde, ele diz que se sente bem, exaltado. É como se fosse um vício. Depois quando ele passa a lembrar-se aos poucos do que comete durante a noite, ele sente-se mal. Mas continua injetando a substância para tentar controlar o seu outro "eu". Porém, chega a tal ponto que ele mesmo já não consegue mais controlar-se, mesmo sem tomar a substância, Mr.Hyde quer dominá-lo por completo. E aí ele chega ao ápice de sua insanidade.
No filme há vários diálogos com ele mesmo. Fiquei fascinada com o filme, a descrição, os diálogos. Todos têm vários pontos a serem analisados. Eu até cheguei a relacionar o comportamento de Mr. Hyde, com o que Nietzsche dizia, que o ser humano só se chega a extrema liberdade quando ele tortura, comete um assassinato. Será que uma vez provado da liberdade, dos desejos contidos, da loucura, não há como mais se livrar deles?
Há tantas formas de interpretar o filme, não sei mesmo a qual escolher.

3 comentários:

  1. mesmo com preguiça, eu vou ler.


    mr. Hyde sempre me encantou :)

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  2. Claro... Mr. Hyde é a forma mais pura de nossa natureza. A parede rachada de uma mansão.

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  3. Todos nós temos uma parte boa e uma parte ruim, porém geralmente elas são "misturadas" demais para poder distinguir. Dr. Jekyll conseguiu, de forma um tanto imprudente, separar essas duas partes, o que resultou no seu trágico desfecho (não vou dar detalhes é claro! Odeio dar spolier).

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Tenho preguiça de ler comentários.