sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sorriso forçado

Lembranças de um tempo, que viver era bom. Ah! De que adianta lamentar-se de um tempo que não volta mais? De um tempo que eu pensava na vida de uma forma diferente, de um tempo que um momento era uma eternidade. Onde uma palavra era o bastante para mudar o mundo. Quando uma ordem não fazia muito efeito. Quando eu era a pessoa mais importante do mundo. Saudade da minha inocência, da minha ingenuidade, do meu atrevimento, minha infantilidade.
Lembro-me bem, meus sorrisos forçados, pausa para o retrato. E todos reclamavam do meu sorriso, tão falso, tão sem emoção. Mas eu nem ligava, logo corria, brincava e sorria. Brincava com Thiago, meu amigo imaginário. Thiago tinha uma camisa azul, e brincavamos nos coqueiros que haviam aqui, seguravamos com uma mão, o tronco e rodavamos de braços abertos e olhos fechados, riamos muito. Lembro de brigarmos várias vezes, discursões bobas, de crianças. Ele sumia. Um dia sumiu, e não mais voltou, porém, nem senti sua falta. Passei o fundamental 1 totalmente despreparada, quase não ia as aulas, por causa da asma. Eu não entendia nada. Mas era tão bom, tão mágico. Hoje é tudo tedioso, a vida é tão difícil, é tão chata, mas é boa. Porém, acho que ainda tenho seqüelas daquele meu sorriso forçado.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Onde estão as minhas respostas?

Por que? Tudo bem? O que? O que houve? Como assim? Pra onde? Como faz? Cuma? Hã? Pode me explicar? Repete por favor? Quem é? Como foi? Com quem? Quem foi?

Eu preciso saber,
mesmo sem querer saber,
mas eu tenho que saber.
Mas o saber não é tudo,
é só um pouco do pouco,
mas não dá pra saber muito,
só o muito do pouco.
Qual o pouco que eu preciso saber?
O que é o muito saber?
Vai entender!
o que você sabe?
Eu sei que você sabe, Eu sei.

Joga pedra na Geni...

ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Adeus

Pode ir, eu te deixo. Não quero te ver por muito tempo, não quero que você me ligue, nem dê noticias, vá. Pode ir, se assim achar melhor. Viver distante, porém tão perto. Não me peça pra te visitar, não me peça para ir com você. Não me peça para manter contato. Se voltar, não me avise. Nem diga quando. Só apareça. Desapareça e depois apareça como a velocidade da luz. Assim a dor será menor, assim eu não vou te esperar. Não quero que se arrependa, vá sem medo. É o seu desejo, é a sua vontade, e a minha também. Não mande cartas e nem recados. Deixe-me pensar que você não existe mais, que foi levado, por qualquer devaneio, por pensamentos dolorosos, e sumiu

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

The Shining e Machado de Assis

Uma das cenas que mais me intrigou em O Iluminado (1980)

Passei um dia inteiro pensando nessa cena depois de assistir o filme. Eu realmente não havia entendido como essa cena se encaixaria no filme, e isso me deixou muito apavorada. Segundo filme de Kubrick que assisto e mais um para me fazer pensar tanto. Depois que eu já havia esquecido, veio como uma luz o significado dessa cena. É algo bem machadiano, é como se Kubrick nos fizesse questionar, quem realmente era louco. Como se pudessemos entender a história da nossa forma, ele nos deixa essa cena pra interpretarmos do nosso jeito. Típico de Machado de Assis, pois pra quem já leu Dom Casmurro, ou ao menos já ouviu falar, será mesmo que Capitu era traídora? Ou será que Bentinho era paranóico, um ciumento descontrolado? Afinal de contas, é ele que conta a história, Machado nos passa essa dúvida que gera tantos debates. Acho que o mesmo se dá com O Iluminado. O que me faz admirar mais ainda esse filme brilhante. Mas essa é uma das poucas cenas que têm o que falar. Vez ou outra eu trarei mais.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Merda

Estou parada, meu mundo. Amigos vão e vem, amores vão e vem. E essa inconstância está me deixando louca. Porém, eu não posso sair de mim totalmente. Ao menos algo eu tenho até o ultimo dia de minha vida: a mim. Quando dá na telha, converso comigo, troco meus próprios conhecimentos, imagino minhas próprias histórias, mentalizo meus momentos, que às vezes de tão reais, parece que aconteceram. Torço para que me aguente até o fim dos dias. Esse blog é uma merda mesmo, só falo de mim. E quem vai querer saber? Cada um só quer saber o que é do seu interesse. A coisa mais supérflua a se escrever é sobre si mesmo. Que grande merda, hein?

sábado, 5 de setembro de 2009

Um pouco de liberdade contida

Euforia e liberdade. Sentir a essência de ser adolescente, não ter medo de nada, ou quase nada. Fazer coisas que nenhum adulto aceita, viver momentos muito perigosos, arriscar a vida, fazer tudo por vontade e sem pensar nas conseqüencias. O frio na barriga de medo, é preenchido pelo abraço quente de um amigo. Ás vezes queria ser uma eterna adolescente.
Apesar, de minha mãe nos matar, Yoru... Foi um dos dias mais loucos da nossa vida hen? Mais um! Quero que tu leia isso! Você é o único que adere a minhas loucuras, e o único que escuta minhas filosofias, o único que me aguenta quando estou bêbada. Nos falamos só com o olhar! E isso é mágico, não é? Você é meu amigo de outras vidas, e tenho certeza que de muitas mais! Obrigada por mais um dia. Ah, ainda estou manca e enjoada! Seqüelas de ontem.

E para esquentar a manhã, vai mais uma xícara de café.