terça-feira, 29 de setembro de 2009

Nefelibata

Estou mesmo com a cabeça nas nuvens. Não consigo pensar em nada que preste essa semana, estou tão vazia. Não sei se sinto medo, ansiedade, agonia. Sei que estou parada, vivendo pra o nada, e a vontade não sei se há. Enem? Que Enem? Vestibular? Fim de ano? Concluir ensino médio?
Nem consigo acreditar que cheguei aqui, foi tudo tão rápido, como num piscar de olhos. É, acho que não vou postar nesse blog nada de interessante esses dias, porque eu estou tão sem coragem. Eu não me preocupo com o enem, nem em passar. Eu não me preocupo com nada. Quero apenas me jogar em minha cama, dormir profundamente, quem sabe eternamente, mas, e depois o que será de mim a não ser um ninguém. Não tenho escolha mesmo nessa vida. E o que será capaz de me acordar? Será mesmo que quero? E agora, José? Para onde? Ah, chega de interrogações.

Agora José, vamos para algum lugar, porque ficar parado assim não dá.

domingo, 27 de setembro de 2009

-

Logo de manhã, quando abri meus olhos, vi o relógio eram 6:43, não estava entendendo o porque daquele relógio estar alí, e fiquei vendo o ponteiro dos segundos se movendo, aquele velho e conhecido barulhinho "tic-tac", e fiquei hipnotizada com o ruído que fazia. De repente o ponteiro estava andando devagar, quase parando, e o relógio já fazia "tiii-iic- taa-aac". As idéias se misturaram, e aconteceu. E agora, quem sou? Me via perdida, olhando para os lados, e não entendia nada, o que estava fazendo alí? como me chamava? que lugar era aquele? Parecia uma nova vida, sensação estranha, um frio na barriga. Fui me esforçando para entender, lembrar de mim. Lembrei do meu eu do momento, aquele eu mudado "Eu sou agora, alguém mudado, minha fase está confusa, minha mente está pensante, meu corpo é insignificante, meus problemas são desprimorosos, meu prazer é pura futilidade, minha agonia é desimportante". Não sei se pensei em mais algo, dormi e não sonhei com nada, foi assim até umas 10hs.
-

Hoffnung


Das ist meine Hoffnung, ist grün und bouncy.

sábado, 26 de setembro de 2009

Black Coffee


Não entendo todo o meu desejo, a minha ânsia.

VII Bienal do Livro de Recife


Preparem-se meus leitores e leitoras de Pernambuco! Ela vem aí. Eu, que não perco por nada nesse mundo, essa bienal, esperei dois anos por esse momento. E o homenageado desse ano é Raimundo Carrero, que coincidência irônica! Pois eu li um livro seu pela primeira vez esse ano . Eu achei um pouco injusto o primeiro fim de semana da bienal ser logo o que vai ocorrer o ENEM. Bem, fiquei chateada porque vou perder a programação do sábado que queria muito ver. Porém, o que importa é que comprarei os livros que desejo. Ano retrasado quase fui puxada para fora da Bienal, não queria sair de lá. Enfim, aproveirem, comprem muito, divirtam-se. Ah! Lembrando que quem quiser trocar livros, pode usar o Sebo Digital e dá uma olhadinha, pra ver se tem algum livro que queiram.

A Bienal vai de 2 a 12 de outubro,
e será como sempre no Centro de Convenções.
Mais informações: www.bienalpernambuco.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sou uma vítima do ENEM

Acho que nunca estive tão cansada mentalmente como hoje. É verdade que o ENEM vai ser uma prova de resistência e tanto, já estou imaginando. Só pelo que provei nesses simulados que tive na escola, foi uma verdadeira tortura. No primeiro dia foram dois cadernos de questões, um de ciências humanas e suas tecnologias, e o outro de ciências da natureza, cada qual com 45 questões, totalizando 90 questões para resolver em quatro horas. No segundo dia foram cinco horas para resolver 90 questões de português e matemática, mais uma redação.
É, eu fiz milagre nos dois dias. No primeiro ainda vacilei, quando faltavam dez minutos para o término ainda faltavam 15 questões de geografia e marcar todo o gabarito. Chutei as 15 questões, e marquei o gabarito numa rapidez que até eu mesmo duvidava. No segundo dia fui muito bem, conseguindo terminar meia hora antes de todos. Mesmo assim, isso não muda o fato de que estou exausta, não aguento nem mais ver uma questão seja de qual matéria seja. Estou até com preguiça de ler as postagens dos blogs que acompanho.
Só não entendo o que querem mais de mim, o que querem de todos? Nos submetendo a tais condições. Não gostei da decisão do novo ENEM, e espero não me decepcionar mais ainda com a prova próxima semana. Oh, só torçam, pra que eu não tenha um surto de impaciência.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Clöe Sevigny


Não tenho palavras.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dr. Jekyll and Mr. Hyde


The strange case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde (1886) é um dos maiores sucessos literários do autor escocês Robert Louis Balfour Stevenson. O livro aqui no Brasil renomeado de O Médico e o Monstro, que inspirou o filme do mesmo nome. Eu já havia lido o tal livro há um bom tempo atrás, sempre estava na estante de livros da minha casa, porém, depois de certas reformas, nem sei mais por onde anda. Achei o filme recentemente em uma locadora sobrevivente aqui próximo, que é o remake do filme dirigido por Rouben Mamoulian em 1931. Foi nostálgico rever a história, e o filme é muito bom, mas desejaria ver mesmo o original de Mamoulian.
Lembro que quando li o livro era criança ainda, por volta de uns 11 ou 12 anos, tive pesadelos horrendos com Mr. Hyde. Mas como minha mente era fértil o imaginava como um lobisomen, pelos na cara, dentes afiados, olhar monstruoso. Mas no filme ele é fisicamente igual a Dr. Jekyll, feição totalmente humana.
Mr.Hyde são os desejos mais ínfimos de Dr. Jekyll, que ele pouco sabe que existe em seu interior. Ao introduzir uma substância produzida por ele e despertar esse "ser" , Dr.Jekyll se transforma em um homem sem escrúpulos, comete crimes durante a noite, atrocidades, maltrata mulheres e crianças, mas no outro outro dia, não lembra-se de nada que aconteceu. Pois quem estava praticando todos esses atos era seu outro "eu" Mr. Hyde. Só que durante o enredo do filme Dr. Jekyll descreve as sensações e sentimentos que sentem enquanto está 'possuído' por Mr. Hyde, ele diz que se sente bem, exaltado. É como se fosse um vício. Depois quando ele passa a lembrar-se aos poucos do que comete durante a noite, ele sente-se mal. Mas continua injetando a substância para tentar controlar o seu outro "eu". Porém, chega a tal ponto que ele mesmo já não consegue mais controlar-se, mesmo sem tomar a substância, Mr.Hyde quer dominá-lo por completo. E aí ele chega ao ápice de sua insanidade.
No filme há vários diálogos com ele mesmo. Fiquei fascinada com o filme, a descrição, os diálogos. Todos têm vários pontos a serem analisados. Eu até cheguei a relacionar o comportamento de Mr. Hyde, com o que Nietzsche dizia, que o ser humano só se chega a extrema liberdade quando ele tortura, comete um assassinato. Será que uma vez provado da liberdade, dos desejos contidos, da loucura, não há como mais se livrar deles?
Há tantas formas de interpretar o filme, não sei mesmo a qual escolher.

Pussy

Capa do primeiro single: Pussy.





Esperando ansiosamente pelo dia 19 de outubro, lançamento do álbum Liebe Ist Für Alle Da do Rammstein.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quero fugir

Todos reclamam de rotinas, não aguento mais ouvir alguém falar "ah, não suporto essa rotina". Bem, tudo tem seu limite, se a rotina se torna tão constante, é cansativo viver como se todos os dias fossem iguais. Porém, se você vive com cada um dos seus dias numa completa incostância dá uma angústia. É angoniante saber que sua semana está toda preenchida, de manhã, tarde e noite, já tá tudo programado, todas as horas, minutos, segundos encaixados. Porém, o pior que isso pra mim, é saber que eu nunca sigo essa programação e sempre aparece algo que me tire completamente da rotina, algo que me atrapalhe, que me prejudique. Algo que não me deixe ter privacidade. Sempre existe um fator que impede de eu ter um momento sozinha comigo mesma.
Quero sumir, quero sair dessa casa, quero morar em outro lugar. Preciso de um tempo sozinha, preciso de um tempo pra me encontrar. Preciso pensar, pensar, sozinha. S-o-z-i-n-h-a. /desabafo.

domingo, 20 de setembro de 2009

Momento Obras de Arte - Saturno

Cronos/Saturno devorando um filho por Francisco de Goya

Esse quadro é definitivamente um dos mais interessantes de Goya. Também foi um dos seus últimos quadros antes de morrer. Eu me apaixonei por esse quadro. Lembra-me também o seminário que fiz sobre o planeta Saturno, que me empolguei tanto na mitologia que acabei esquecendo até a velocidade dos seus anéis. Mas, isso não importa. Achei esse quadro tão obscuro, tão medonho. O Cronos de Goya é diferente de todos os outros. Pode-se pensar muito a respeito dessa pintura, por isso se torna tão interessante.

sábado, 19 de setembro de 2009

Adeus, Meus sonhos!

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!

(Álvares de Azevedo) - não há como não gostar ♥

Momento Serial Killer 2 - Jeff Dahmer

Quando comecei a me interessar por serial killer, Dahmer foi o primeiro que estudei. Pra mim, um dos mais interessantes. Há muito o que falar dele. Mas vou dar um pequeno resumo do que ele aprontou.
Jeff Dahmer matou o primeiro rapaz quando tinha 18 anos. Mentia muito bem, por isso sempre escapava da polícia. Primeiro ele atraía suas vítimas, que na maioria das vezes eram meninos que seduzia. Em pouco mais de 15 meses matou 12 rapazes. As vítimas eram muitas vezes torturadas e o todas eram desmembradas. Na cozinha de Dahmer, ele guardava uma coleção de pênis, crânios humanos pintados, cabeças no congelador. Ah! Lembrando que ele também fazia sexo com o cadáver antes de abrir seu tronco, tirar sua cabeça e seu pênis, e derretia o restante com ácido. E Dahmer também tinha ares de cozinheiro, cozinhava as cabeças de suas vítimas para descarná-la. Até já deu uma de Lecter, praticando canibalismo. Também confessou que abriu com uma broca a cabeça de alguns rapazes vivos para injetar ácido muriático, para ver se viravam zumbis. Enfim, foi preso graças a fuga de um rapaz. A polícia quando entrou em sua casa, Jeff estava tranqüilo, não reagiu nenhum momento. Foi morto em 1994 atacado por um colega de cela, justo no ano que foi batizado como cristão.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sorriso forçado

Lembranças de um tempo, que viver era bom. Ah! De que adianta lamentar-se de um tempo que não volta mais? De um tempo que eu pensava na vida de uma forma diferente, de um tempo que um momento era uma eternidade. Onde uma palavra era o bastante para mudar o mundo. Quando uma ordem não fazia muito efeito. Quando eu era a pessoa mais importante do mundo. Saudade da minha inocência, da minha ingenuidade, do meu atrevimento, minha infantilidade.
Lembro-me bem, meus sorrisos forçados, pausa para o retrato. E todos reclamavam do meu sorriso, tão falso, tão sem emoção. Mas eu nem ligava, logo corria, brincava e sorria. Brincava com Thiago, meu amigo imaginário. Thiago tinha uma camisa azul, e brincavamos nos coqueiros que haviam aqui, seguravamos com uma mão, o tronco e rodavamos de braços abertos e olhos fechados, riamos muito. Lembro de brigarmos várias vezes, discursões bobas, de crianças. Ele sumia. Um dia sumiu, e não mais voltou, porém, nem senti sua falta. Passei o fundamental 1 totalmente despreparada, quase não ia as aulas, por causa da asma. Eu não entendia nada. Mas era tão bom, tão mágico. Hoje é tudo tedioso, a vida é tão difícil, é tão chata, mas é boa. Porém, acho que ainda tenho seqüelas daquele meu sorriso forçado.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Onde estão as minhas respostas?

Por que? Tudo bem? O que? O que houve? Como assim? Pra onde? Como faz? Cuma? Hã? Pode me explicar? Repete por favor? Quem é? Como foi? Com quem? Quem foi?

Eu preciso saber,
mesmo sem querer saber,
mas eu tenho que saber.
Mas o saber não é tudo,
é só um pouco do pouco,
mas não dá pra saber muito,
só o muito do pouco.
Qual o pouco que eu preciso saber?
O que é o muito saber?
Vai entender!
o que você sabe?
Eu sei que você sabe, Eu sei.

Joga pedra na Geni...

ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Adeus

Pode ir, eu te deixo. Não quero te ver por muito tempo, não quero que você me ligue, nem dê noticias, vá. Pode ir, se assim achar melhor. Viver distante, porém tão perto. Não me peça pra te visitar, não me peça para ir com você. Não me peça para manter contato. Se voltar, não me avise. Nem diga quando. Só apareça. Desapareça e depois apareça como a velocidade da luz. Assim a dor será menor, assim eu não vou te esperar. Não quero que se arrependa, vá sem medo. É o seu desejo, é a sua vontade, e a minha também. Não mande cartas e nem recados. Deixe-me pensar que você não existe mais, que foi levado, por qualquer devaneio, por pensamentos dolorosos, e sumiu

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

The Shining e Machado de Assis

Uma das cenas que mais me intrigou em O Iluminado (1980)

Passei um dia inteiro pensando nessa cena depois de assistir o filme. Eu realmente não havia entendido como essa cena se encaixaria no filme, e isso me deixou muito apavorada. Segundo filme de Kubrick que assisto e mais um para me fazer pensar tanto. Depois que eu já havia esquecido, veio como uma luz o significado dessa cena. É algo bem machadiano, é como se Kubrick nos fizesse questionar, quem realmente era louco. Como se pudessemos entender a história da nossa forma, ele nos deixa essa cena pra interpretarmos do nosso jeito. Típico de Machado de Assis, pois pra quem já leu Dom Casmurro, ou ao menos já ouviu falar, será mesmo que Capitu era traídora? Ou será que Bentinho era paranóico, um ciumento descontrolado? Afinal de contas, é ele que conta a história, Machado nos passa essa dúvida que gera tantos debates. Acho que o mesmo se dá com O Iluminado. O que me faz admirar mais ainda esse filme brilhante. Mas essa é uma das poucas cenas que têm o que falar. Vez ou outra eu trarei mais.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Merda

Estou parada, meu mundo. Amigos vão e vem, amores vão e vem. E essa inconstância está me deixando louca. Porém, eu não posso sair de mim totalmente. Ao menos algo eu tenho até o ultimo dia de minha vida: a mim. Quando dá na telha, converso comigo, troco meus próprios conhecimentos, imagino minhas próprias histórias, mentalizo meus momentos, que às vezes de tão reais, parece que aconteceram. Torço para que me aguente até o fim dos dias. Esse blog é uma merda mesmo, só falo de mim. E quem vai querer saber? Cada um só quer saber o que é do seu interesse. A coisa mais supérflua a se escrever é sobre si mesmo. Que grande merda, hein?

sábado, 5 de setembro de 2009

Um pouco de liberdade contida

Euforia e liberdade. Sentir a essência de ser adolescente, não ter medo de nada, ou quase nada. Fazer coisas que nenhum adulto aceita, viver momentos muito perigosos, arriscar a vida, fazer tudo por vontade e sem pensar nas conseqüencias. O frio na barriga de medo, é preenchido pelo abraço quente de um amigo. Ás vezes queria ser uma eterna adolescente.
Apesar, de minha mãe nos matar, Yoru... Foi um dos dias mais loucos da nossa vida hen? Mais um! Quero que tu leia isso! Você é o único que adere a minhas loucuras, e o único que escuta minhas filosofias, o único que me aguenta quando estou bêbada. Nos falamos só com o olhar! E isso é mágico, não é? Você é meu amigo de outras vidas, e tenho certeza que de muitas mais! Obrigada por mais um dia. Ah, ainda estou manca e enjoada! Seqüelas de ontem.

E para esquentar a manhã, vai mais uma xícara de café.